"Conforme já mencionamos, a
humanidade inteira enfrenta um desafio sem precedentes – ele não se aplica
apenas a uma determinada raça ou grupo de pessoas. A guerra, a corrida
armamentista, poluição, pobreza, o problema populacional – todas essas
questões, e também outras mais, ameaçam a humanidade. A maioria das pessoas não
compreende que todos esses desafios externos refletem o que está dentro da
mente humana – a sua mente, a minha mente, a mente de todos nós. O ódio que se
manifesta na guerra é um reflexo da animosidade e da desconfiança em todas as
nossas mentes. A pobreza reflete nossa incapacidade de nos sentirmos unos com
os outros – incapacidade de compartilhar. A poluição surge da ambição de ter
cada vez mais, de modo interminável. O que está dentro e o que está fora não
são diferentes. Mesmo quando aceitamos isso mentalmente não fazemos um esforço
real para ver a relação existente, isto é, ver que a raiz de todos os problemas
está na condição psicológica do ser humano. Como não vemos isso, tentamos
sempre remendar o que está fora de nós. O que imaginamos serem grandes planos
para mudar o mundo nada mais representam do que um pequeno remendo superficial,
temporário e inadequado.
(...) A mente que está acostumada a
dividir e fragmentar tudo sempre vê a partir de um ângulo específico, porém a
mente fragmentada não pode encontrar a solução verdadeira ou permanente para os
problemas, ainda mais hoje em dia, quando todos os povos e nações do mundo
estão interligados. Assim é importante libertar a mente de sua tendência
trágica de olhar para tudo de forma fragmentada.”
(Radha Burnier - Regeneração Humana - Ed. Teosófica, Brasília - p. 22/23)
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