"A essência do amor se manifesta no
cuidado de preservar a multiplicidade percebendo a maravilhosa interdependência
das partes que constituem o todo, e cooperar harmoniosamente com sua evolução
para uma mais magnífica expressão da Vida. Cuidar de quem é diferente de nós é
altruísmo; é a essência do amor universal. De fato, cuidar apenas do que é
semelhante a nós é demasiado fácil, e com frequência é a causa de injustiça em
relação ao que é diferente, devido à falta de uma percepção mais abrangente e
universal. Assim, a verdadeira essência do amor é ser capaz de perceber a
unidade além da multiplicidade, é ser capaz de perceber a semelhança além das
diferenças, ou como frequente dizia G. S. Arundale: ‘Juntos diferentemente’.
Portanto, para preservar a riqueza de
nosso tesouro, que são as diversas cores de nosso arco-íris, nós precisamos
descobrir esta percepção da unidade subjacente na multiplicidade, e esta
unidade oculta é a essência do amor, conforme Annie Besant escreveu em inesquecíveis
palavras inspiradas:
‘Oh
Vida Oculta, que vibras em cada átomo;
Oh
Luz Oculta, que brilhas em cada criatura;
Oh
Amor Oculto, que tudo abranges na Unidade;
Possa
todo aquele que se sente uno Contigo,
Saber
que ele é, por isso mesmo, uno com todos os outros.’"
(Ricardo Lindemann - Muitas Cores
Formam o Arco-Íris - Revista TheoSophia, ano 95, outubro/novembro/dezembro 2006,
Sociedade Teosófica no Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário