"O ocultista
sabe o valor do conhecimento, mas ele acredita no emprego do discernimento na
aquisição do conhecimento relacionado com o lado fenomenal da Natureza. Em
primeiro lugar, ele sabe que todo conhecimento obtido através da mente inferior
é relativo e, por conseguinte, não lhe dá a importância que assume aos olhos do
homem comum do mundo. O ocultista adquire o conhecimento que lhe é necessário e
útil em seu trabalho, mas não sobrecarrega a mente com conhecimentos detalhados
que não lhe são úteis no momento. Ele não encara o conhecimento como uma
espécie de ornamento ou passatempo como fazem alguns letrados e cientistas. Em
segundo lugar, ele sabe da possibilidade de desenvolver faculdades superfísicas
que o habilitam a adquirir, sem muita dificuldade, qualquer espécie de
conhecimento que possa necessitar. O desenvolvimento do corpo causal e do
veículo Buddhico, com as faculdades
que lhe são próprias, torna desnecessário o acúmulo de conhecimentos detalhados
na mente inferior, à vista da facilidade de obtenção de tal conhecimento a
qualquer momento, e sua maior credibilidade quando adquirido dessa maneira.
Não quer isto
dizer, é claro, que o aspirante à Sabedoria Divina deva desprezar o
conhecimento relacionado ao lado fenomenal da vida, ou que possa negligenciar a
cultura da mente inferior. Há uma poucos pessoas aptas a desenvolver suas
faculdades superfísicas no presente imediato, e por muitas vidas vindouras a
grande maioria dos candidatos, trilhando o caminho da Autorrealização, terá que
operar em seus corpos mentais inferiores e através deles."
(I.K. Taimni - Autocultura à Luz do Ocultismo - Ed. Teosófica, 1997 - p. 103/103)
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