"(...) Uma vez que o homem tenha frequentado a longa escola da existência fenomênica - neste mundo e também em outros planos - começa a entender que sua principal meta é romper o casulo que o tem mantido embaixo por tanto tempo. O casulo já teve seu uso, mas sua utilidade já terminou. Ele está pronto para partir em seu voo a uma nova vida de liberdade, a vida divina.
O fato é que todo homem é uma centelha da divindade; todo homem é potencialmente Deus - não Deus como frequentemente o imaginamos, com forma, mas o Deus sem forma, o oceano divino do qual emana toda a existência. Baba afirma isto claramente: 'Se você descobre o princípio átmico, se torna o próprio Deus. Cada um de vocês pode se tornar Deus ao mergulhar suas almas individuais no oceano do Atma Universal.'
A base do amor e fraternidade entre os homens é a verdade de que todos eles são parte desse princípio átmico, não importando a raça, a casta ou o credo. A analogia usada aqui algumas vezes por Baba é a da corrente elétrica iluminando globos de muitas cores, formas e tamanhos. A realidade por trás dos mesmos é a corrente fluindo - a mesma em todos. O Atma pode ser comparado ao fluxo de eletricidade. Os homens são expressões variadas dessa corrente única.
Deus é amoroso, mas tem forma. Ele é aquilo que está por trás de todas as formas, e ainda assim, cria, mantém e destrói tudo o que existe. Deus está realmente em cada forma, mas no homem mais do que em tudo, e em alguns homens mais intensa e completamente do que em outros. Uns poucos homens na história do mundo foram cem por cento Deus. (...) Mas nunca devemos pensar que o Deus onipresente está completamente contido em qualquer forma particular de nossa escolha, ou que responde exclusivamente ao nome tradicional ao qual condicionamos nossa adoração. Ele se manifesta por tais canais limitados e finitos se nosso culto for sincero, mas não se restringe a eles. Como o poeta sufi escreve: 'Sua poeira está aqui, mas Ele no Infinito.' (...)"
(Howard Murphet - Sai Baba O homem dos milagres - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2006 - p. 332/333)
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