"(...) Muitos seres humanos dizem 'eu te amo' num dia e rejeitam você no dia seguinte. Isso não é amor. Se o coração de uma pessoa está saturado do amor de Deus ela é incapaz de ferir alguém propositadamente. Quando você ama a Deus sem reservas, Ele preenche seu coração com Seu amor incondicional por todos. Nenhuma língua humana pode descrever esse amor. (...) O homem comum é incapaz de amar os outros dessa maneira. Autocentralizado na consciência do 'eu, mim e meu', ele ainda não descobriu o Deus onipresente que reside nele e em todos os outros seres. Para mim não há diferença entre essa e aquela pessoa. Vejo todos como almas que são reflexos do Deus único. Não considero ninguém como estranho, pois sei que somos todos parte do Espírito Único. Quando você souber, por experiência, o verdadeiro significado da religião, que é conhecer Deus, compreenderá que Ele é o seu Eu e que Ele existe, igual e imparcialmente, em todos os seres. Então você será capaz de amar os outros como seu próprio Eu.¹
Na consciência de quem está imerso no divino amor de Deus, não há engano, estreiteza de casta ou credo, nem fronteiras de qualquer espécie. Quando você experimentar esse amor divino, não verá diferença entre flor e fera, entre um ser humano e outro. Você comungará com toda a natureza, e amará, por igual, a toda a humanidade.
A compaixão por todos os seres é necessária para a realização divina, pois no próprio Deus transborda essa qualidade. Aqueles que têm um coração terno conseguem se colocar no lugar dos outros, sentir o sofrimento deles e tentar aliviá-lo.²"
¹ "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de toda a tua mente, e ao teu próximo como a ti mesmo" (Lucas 10:27).
² O Senhor Krishna ensinou: "O melhor tipo de iogue é aquele que sente pelos outros, no prazer ou na dor, do mesmo modo que sente por si mesmo" (Bhagavad Gita VI:32).
(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 147/148)
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