OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

BUDISMO (PARTE FINAL)

"(...) Sabemos através da leitura como seu pai, esperando que ele se tornasse um rei na Terra em vez de um monarca que reinasse sobre milhões de mentes humanas no mundo espiritual, cercou-o por todos os lados de tudo que era belo e agradável para que o conhecimento da dor do mundo pudesse ser afastado de seus olhos. Através da leitura, sabemos como, pela orientação de um deva, ele foi levado do palácio com seus jardins de prazeres e, seguindo em sua charrete, encontrou quatro homens por meio dos quais veio a ele o primeiro conhecimento sobre mortalidade.

Primeiramente encontrou um homem idoso – até esta época ele só vira pessoas jovens; ele perguntou a respeito desse homem, meio cego e paralítico, com a face enrugada e as pernas cambaleantes. O cocheiro disse que era um velho, e que a idade iria chegar com o tempo para todos que nascessem no mundo.

Ele encontrou um homem sofrendo de uma terrível doença – antes ele vira apenas a beleza e a saúde; e perguntou o que era aquilo. O cocheiro disse que muitos dos filhos dos homens sofrem dessa maneira.

Ele viu um cadáver – ele que apenas vira os vivos; e o cocheiro disse, é a morte, que deve chegar para todos que vivem.

E por fim, ele encontrou um asceta, calmo e pacífico, e perguntou como era possível que num mundo onde havia a velhice, doença e morte esse homem pudesse caminhar através dele pacífico e sereno. Disse-lhe o cocheiro que esse homem levava uma vida além da vida dos homens, uma vida fixa no eterno; daí a sua felicidade em meio à dor.

De volta ao palácio, o príncipe refletiu sobre tudo o que tinha visto, e de seus lábios brotou o grito: ‘Cheia de obstáculos é esta vida doméstica, o retiro da paixão; livre como o ar é viver ao ar livre’. Essa ideia se apossou dele - o contraste entre o ‘retiro da paixão’ e o homem sem lar; até que finalmente levantando-se à noite, ele se curvou sobre sua jovem esposa, bela adormecida, e sobre o bebê que dormia ao seu lado, e tocando ambos com cuidado para que não acordassem e para que o choro deles não abalassem seu propósito, deixou o palácio de seu pai. Pediu ao fiel cocheiro que lhe trouxesse seu cavalo, e atravessou as sossegadas ruas da cidade adormecida, até que, chegando aos portões, desmontou e entregou o cavalo ao cocheiro ordenando-lhe que o levasse de volta ao palácio.

Ele então se despiu de suas vestimentas principescas, cortou o cabelo, e seguiu só, em busca da causa da dor humana e de como curá-la. Ele, que deveria ser o Budha, não poderia viver alegre e feliz no palácio do rei enquanto os homens do lado de fora estivessem sofrendo e morrendo. Ele buscaria a causa do sofrimento e a cura para a tristeza humana."

(Annie Besant - Sete Grandes Religiões - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 73/79)


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