"O limitado
número de Seres que ainda trabalha diretamente para o nosso benefício pode ser
dividido em duas classes: os que ainda mantêm corpos físicos e os que não os
têm. Estes últimos são com frequência chamados de Nirmanakayas. Eles se
mantêm suspenso, por assim dizer, entre esse mundo e o nirvana, devotando todo
o seu tempo e energia à geração de força espiritual em benefício da humanidade.
Essa força é vertida no que pode ser descrito como um reservatório, usado pelos
Mestres e seus discípulos, para ajudar o seu trabalho em prol da humanidade. O Nirmanakaya tem sido chamado de ‘candidato
ao sofrimento’ por permanecer em contato com os planos inferiores em tal grau, mas
isso é enganoso. O que essa frase quer dizer é que ele não desfruta da alegria
do trabalho superior ou dos níveis nirvânicos. Ele escolheu permanecer nos
planos inferiores para ajudar os que ainda sofrem. É bem verdade que voltar da
vida superior para esse mundo é o mesmo que sair de um ambiente iluminado pelo
Sol e pleno de ar puro e entrar em masmorras escuras e mal cheirosas; porém,
aquele que entra na masmorra para ajudar alguém a sair de lá não se sente
infeliz e miserável enquanto ali permanece, e, sim, pleno de alegria por poder
ajudar, apesar do enorme contraste e do terrível sentimento de opressão e
aprisionamento. Na verdade, recusar uma oportunidade dessas de prestar auxílio
certamente provocaria muito mais sofrimento na forma de remorso. Uma vez que
tenhamos realmente visto a miséria espiritual do mundo e a condição dos
necessitados, nunca mais poderemos ser descuidados ou indiferentes em relação a
isso, como aqueles que ainda não viram."
(C. W.
Leadbeater - A Vida Interna - Ed. Teosófica, Brasília - p. 30)
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