"Para a maioria das pessoas, religião é uma questão de tradição familiar, benefícios sociais, ou hábito moral. Elas não têm ideia da importância da religião. Quando perguntei a um homem que religião seguia, sua resposta foi: 'Nenhuma em particular. Troco de igreja conforme me convêm'.
Quem não busca Deus como a suprema necessidade da vida não compreende o significado da religião. Por que todos procuram dinheiro? Porque estão condicionados ao pensamento de que o dinheiro é essencial para suprir as coisas necessárias ao bem-estar. Não é preciso dizer-lhes isso; eles simplesmente sabem. Então, por que a maioria das pessoas não compreende a necessidade de conhecer Deus? Porque lhes falta imaginação e discernimento. Muito cedo na vida, vi que as respostas da teologia e até das escrituras a certas questões jamais poderiam satisfazer plenamente a alma, se a verdade não fosse experimentada por meio da realização e da comunhão com Deus. Por exemplo, quando minha mãe morreu e quando outros entes queridos começaram a ser arrancados de mim, rebelei-me interiormente, e ninguém pôde dar uma explicação satisfatória. Decidi que eu mesmo tinha de achar a resposta, com meus próprios esforços. 'Não vou aceitar isso cegamente', prometi. 'Vou encontrar a resposta Daquele que é o Criador deste universo'. Procurei diretamente em Deus a compreensão dos mistérios da vida, que não podia achar nos ensinamentos das igrejas e dos templos. Se a religião não pudesse esclarecer por que alguns nascem pobres e outros, ricos; alguns, cegos e outros, saudáveis, como poderia convencer-me da justiça divina? Os mestres da Índia, alcançando a comunhão com Deus, encontraram as respostas para os enigmas da vida por meio da realização interna, e nos mostraram como fazer o mesmo. (...)"
(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 112/113)
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