"(...) A literatura teosófica e outras literaturas espirituais oferecem sugestões que podem levar ao despertar do nosso eu interior e a descobrir que não apenas temos uma alma, mas que somos essa alma. Essas sugestões não são uma série de fatos, a serem aprendidos. Não são instruções para o estabelecimento de um laboratório científico no qual possamos provar a nós mesmos e aos outros a verdade ou a falsidade a respeito do eu interno. Em vez disso, as sugestões são diretrizes para se viver de tal maneira que verdadeiramente nos ternemos o laboratório científico.
Bem no coração desse modo de vida que leva a um certo conhecimento estão dois princípios essenciais: 1. Uma busca implacável pela Verdade; 2. Compaixão.
A primeira, a busca implacável pela Verdade, está implícita no lema da Sociedade Teosófica: 'Não há Religião Superior à Verdade'. Mas o que é a Verdade? Quando Pilatos fez essa pergunta, Jesus não respondeu. Ele permaneceu em silêncio talvez porque embora as ideias, teorias e opiniões possam ser expressadas em palavras, a Verdade não pode sê-lo.
Compaixão é amor impessoal, é uma resposta que surge de uma realização de nossa unidade mais profunda. Enquanto a busca unicamente por conhecimento pode levar ao egoismo, a busca pela Verdade última leva em direção à realização da unidade, e a resposta a essa realização é a compaixão universal.
Esses dois princípios - a busca incansável pela Verdade e a compaixão - são a marca registrada do verdadeiro teosofista e levam ao despertar do eu interno, a uma vida altruísta, e à 'regeneração da Fraternidade prática'. Levam a esses resultados, isto é, se nosso motivo for impessoal e sem qualquer pensamento sobre o eu."
(Ed Abdill - Revista TheoSophia Abril/Maio/Junho de 2010 - Pub. Sociedade Teosófica no Brasil - p. 50/51)
Nenhum comentário:
Postar um comentário