"Dotados do
tremendo poder que é o pensamento, devemos ser cuidadosos com o seu uso. Quando
tivermos de pensar em uma pessoa, cabe-nos representá-la como gostaríamos que
fosse: a imagem que assim fizermos terá naturalmente influência sobre ela e
tenderá a gradualmente a induzi-la a se harmonizar com essa imagem. Fixemos o
nosso pensamento nas boas qualidades de nossos amigos, porque pensando em uma
qualidade poderemos fortalecer-lhe as vibrações e, por conseguinte, intensificá-las.
Dessa consideração decorre que o
hábito da tagarelice e da maledicência, em que muita gente se compraz, é um
defeito abominável e perverso, não havendo palavras suficientemente fortes para
condená-lo. Quando alguns incidem na impertinência de discutir o comportamento
alheio, geralmente não é sobre as boas qualidades que mais insistem. Vemos
então numerosas pessoas que se ocupam em fixar o pensamento em um suposto
defeito de outrem, chamando para esse defeito a atenção de muita gente que
talvez o não tivesse observado; e desse modo, se a má qualidade realmente
existe sobre aquele a quem recaiu a crítica, certamente ficará ela acrescida
pelo fortalecimento das ondas correspondentes. Se, como geralmente é o caso, o
defeito não existe senão na imaginação maldosa de quem critica, e não naquele
que é objeto da maledicência, então se está fazendo todo o possível para criar
o defeito na pessoa visada; e se há somente um germe latente na vítima, é bem
provável que o odiento esforço surta efeito.
Podemos ter pensamentos de auxílio
para aqueles que amamos; podemos apresentar-lhe em pensamento um ideal elevado
sobre eles mesmos, e desejar ardentemente que logo se tornem capazes de
realizá-los. Mas se soubermos de certos defeitos ou vícios no caráter de um homem,
não devemos em circunstância alguma deixar que nossos pensamentos recaiam e os
intensifiquem; o nosso plano de trabalho consistirá em um forte pensamento nas
virtudes opostas, encaminhando as respectivas ondas para àquele que necessita
de nossa ajuda."
(C .W.
Leadbeater - O Lado Oculto das Coisas - Ed. Pensamento, São Paulo - p.286)
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