"Os sábios têm assinalado três categorias que constituem o mundo cognoscível: Deus; a Natureza; e o eu. Respectivamente: Iswara; Prakrithi; e Jiva. Deus, quando visto através do espelho da Natureza, aparece como o eu. Removido o espelho, há somente Deus; a imagem mergulha no original. O homem é somente a imagem de Deus; Só Ele é Realidade. O princípio da aparência, que ilude como múltipla manifestação, é maya. Ela não é externa a Deus, mas, n'Ele inerente; exatamente como todos os poderes também o são. Quando o eu imagem é concebido como diferente, temos o dualismo ou dwaitham. Quando é reconhecido tão somente como imagem irreal, mas, ainda assim, lhe é dado alguma relevância quando relacionado ao Original, é então o chamado Monismo Qualificado ou visishtaadwaita. Quando tanto o eu imagem como o espelho são reconhecidos como ilusões, e descartados como tal, só um permanece, e este é o adwaitha darsanam, é o dar-se conta de que só existe o "Uno-sem-um-segundo". A busca pelo "Uno-sem-um-segundo", isto é, a busca do adwaitha darsanam, é a busca mais antiga da Índia. O esforço sempre tem sido para descobrir o Uno, o qual, quando conhecido, tudo mais é conhecido. O conhecimento válido é o conhecimento da Unidade (adwaitha), não da diversidade (dwaitha). Diversidade significa dúvida, dissensão e privação de espiritualidade. No dualismo (dwaitha), o que é visto é diferente daquele que vê. Este que vê, em cada um, é o mesmo.
Jesus Cristo se proclamou primeiro mensageiro de Deus; depois se anunciou o Filho de Deus; e ainda mais tarde, declarou não haver distinção entre ele e o Pai e que ambos são Um só.*"
* "Eu e o Pai somos Um!" - foi assim que Jesus Cristo fez sua declaração veementemente adwaitha, isto é, monista.
(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 72/73)
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