OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 12 de junho de 2013

ATITUDE FUNDAMENTAL DO BHAGAVAD GITA

"Segundo a concepção cósmica da filosofia oriental, toda a atividade do homem profano é fundamentalmente trágica, eivada de culpa, ou karma, porque quem age é o ego, e esse ego é uma ilusão funesta, e tudo o que o elo ilusório faz é necessariamente negativo, contaminado de culpa e maldade. 

Se tal é toda e qualquer atividade do homem profano, então estamos diante de um dilema inevitável: ou agir e onerar-se de culpa - ou não agir e assim preservar-se da culpa.

Grande parte da filosofia oriental optou pela segunda alternativa do dilema: não agir, entregar-se a uma total inatividade, abismar-se numa eterna meditação passiva, a fim de não aumentar o débito negativo do karma

O Bhagavad Gita, porém, não recomenda nenhuma dessas duas alternativas: nem o não agir e preservar-se de culpa, nem o agir e cobrir-se de culpa. O Gita descobriu um terceiro caminho: o do agir sem culpa ou karma. O Bhagavad Gita recomenda o caminho do reto agir, equidistante do falso agir e do não agir.

Como pode o homem agir sem se onerar de culpa?

O falso agir é um agir por amor ao ego; mas o reto agir age por amor ao Eu, embora através do ego, e assim a sua atividade não é culpada. 

O reto agir, por amor ao Eu verdadeiro, não só não cria uma nova culpabilidade no presente e no futuro, mas neutraliza também o karma do falso agir do passado, libertando assim o homem de todos os seus débitos. É nisso que consiste a suprema sabedoria do Bhagavad Gita.

Mas para que o homem possa agir assim por amor ao Eu verdadeiro, deve conhecer esse Eu, deve conhecer a verdade sobre si mesmo.

É o que Krishna explica a seu discípulo Arjuna através dos 18 capítulos que perfazem o diálogo deste poema metafísico; autoconhecimento para tornar possível a autorrealização pelo reto agir.

A quintessência do Gita é, pois, um convite para o reto agir, porque o homem não se realiza nem pelo não agir, nem pelo falso agir.

A alma do Bhagavad Gita é um poema de autorredenção pela autorrealização baseada no autoconhecimento.

Homem, conhece-te a ti mesmo!

Homem, realiza-te!"

(Huberto Rohden - Bhagavad Gita - Krishna - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 1/12)


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