"Vez por outra, todos os devotos que decidem buscar Deus passam por um estado em que se agarram tanto a seus bons quanto a seus maus hábitos. Depois de analisar seus pensamentos, eles descobrem que embora estejam extremamente ansiosos por encontrar Deus, e mesmo que sinceramente estejam tentando formar bons hábitos de meditação e ação espiritual, ainda se sentem muito, muito relutantes em abrir mão dos maus hábitos - raiva, mau humor, simpatias e antipatias. Contudo, não é possível conciliar a presença de ambas as boas e más ações numa vida que é dedicada a Deus. Não funcionará. Nossas mentes têm que aceitar esse fato, ou não faremos um esforço real para vencer os humores e os hábitos errados. Ao meditar mais profundamente e ao cumprir todos os deveres com o pensamento de servir a Deus, o devoto começa gradualmente a fortalecer seus bons hábitos e tendências. À medida que estes levam a melhor, os maus hábitos começam a perder sua influência sobre o devoto.
Desse modo, ao buscar Deus e ao nos esforçarmos para ser bons, devemos aceitar o corolário lógico de abandonar o mal. Não se pode conciliar o bem e o mal dentro de si. Mais cedo, ou mais tarde, o conflito entre o bem e o mal destruirá sua paz mental. Lembro-me de Gurudeva dizer muitas vezes aos devotos: "Se você pensa que pode persistir com sua raiva, ciúme, desejos egoístas, e ainda encontrar Deus, está enganado. Você não conseguirá!"
Empenhe-se sempre, com total esforço, para superar as qualidades não espirituais, mas não desanime se isso levar muito tempo. O Senhor não está interessado em saber quanto tempo levamos para banir nossas faltas - Sua principal preocupação é que, em pensamento e ação, resistamos continuamente às nossas más tendências. Quando fazemos um esforço para melhorar e para meditar mais longa e mais profundamente, descobrimos de tempos em tempos - muitas vezes quando menos esperamos -, que um fardo foi removido de nossa consciência, deixando-nos completamente livres de algum mau hábito ou tendência."
(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 227/228)
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