"Existe um outro meio de evitar o orgulho: compreenda que somos todos iguais diante de Deus; aos olhos Dele, ninguém é maior ou menor. Quando a morte chega, uma pessoa é separada de todas as suas conquistas materiais. Onde, pois, está sua importância? O Senhor não está interessado se ela é um grande cientista, ou um grande orador, ou um grande escritor, ou se alcançou estatura de acordo com os padrões do mundo. Tais façanhas não nos garantem qualquer conhecimento espiritual significativo. A realização espiritual é a única conquista que tem valor permanente, que não será levada ou subtraída pela morte. Os princípios espirituais são um grande nivelador do ego humano!
Uma das qualidades que eu tão profundamente respeitava em nosso guru, Paramahansa Yogananda, era que ele tratava a todos como alma. Ele não punha ninguém em posição mais alta ou mais baixa de acordo com suas habilidades ou condição social na vida. Ele não podia ser subornado pelo poder ou posição de ninguém. Seu único padrão era: "Você ama a Deus e quer encontrá-Lo?" Isso era tudo o que lhe importava. Jesus deu esse exemplo. Seus discípulos não eram homens de grande saber e realizações mundanas. Os doze apóstolos que receberam a responsabilidade de disseminar uma mensagem que já dura dois mil anos, vieram dos meios sociais mais humildes; alguns eram simples pescadores. Isso mostra que não é o que o homem conquistou no mundo que conta, mas o que ele conquista em sua luta para conhecer Deus, em seu esforço para estar em sintonia com Deus.
Por fim, mas não menos importante, a pessoa deve fazer tudo com toda a sua inteligência e habilidade, tendo-o feito, não deve, porém, se apegar aos resultados de seus trabalhos. Isso é o que o Gita ensina. Quando a pessoa conseguir aprender a executar todos os deveres com grande entusiasmo, mantendo contudo uma atitude de desapego em relação aos resultados, encontrará enorme liberdade mental."
(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 129/130)
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