“ (...) quando remontamos às mais afastadas origens dos motivos das ações
de todos os homens, encontramos a mesma motivação básica para todos: remoção da
dor e obtenção da Bem-aventurança. Sendo esse um objetivo universal, precisa
ser considerado como o mais necessário. E o que é universal e mais necessário
para o homem é, naturalmente, religião para ele. Daí
a religião consistir necessariamente na permanente remoção da dor e na
experiência da Bem-aventurança ou Deus. E as ações que precisamos adotar
para evitar permanentemente a dor e experimentar a Bem-aventurança ou Deus são
chamadas religiosas. Se compreendemos religião nesses termos, torna-se óbvia a
sua universalidade. Pois ninguém pode negar que deseja evitar definitivamente a
dor e alcançar permanente Bem–aventurança. Isso precisa ser universalmente
admitido, porquanto ninguém pode contradizer essa verdade. A própria existência
do homem está com ela comprometida.
Todos querem viver porque amam a religião. Mesmo o homem que comete
suicídio age também movido por esse mesmo amor; por esse ato, ele espera
alcançar um estado mais feliz do que encontra enquanto está vivendo. De
qualquer modo, pensa em livrar-se de uma dor que o importuna. Nesse caso sua
religião é grosseira, mas não deixa de ser religião. O objetivo desse homem é
perfeitamente justo e coincide com o de todas as pessoas; pois todos querem
obter a felicidade ou Bem-aventurança. Entretanto, o método que o suicida
empregou é insensato. Por ignorância ele não distingue o que realmente o levará
à Bem-aventurança, a meta de todos os homens.”
(Paramahansa Yogananda – A Ciência da
Religião – Self-Realization Fellowship - p 12/13)
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