"Quando alguém percebe qualquer verdade profundamente, ou quando ama grandemente, não consegue falar facilmente desses sentimentos. Assim, para o devoto, é muito difícil pôr em palavras uma linda experiência com Deus. É tão divina, tão perfeita em si, que ele não deseja falar dela. Os santos dizem que, no momento em que uma experiência divina é descrita em palavras, ela se torna, até certo ponto, coberta de imperfeição. As palavras são um meio imperfeito, e por isso não conseguem transmitir a perfeição completamente. E o mesmo se dá com a Verdade. No momento em que apenas se fala da Verdade, ou de Deus, sem a vivenciar, alguma coisa se perde. Os ensinamentos de Jesus Cristo são um exemplo. Eles são corretamente interpretados somente quando nasce um São Francisco de Assis ou algum outro grande amante de Cristo. E tal devoto não está interessado tanto nas palavras quanto no espírito por trás delas; seu desejo é viver no espírito de Cristo. Esse espírito da verdade é o que Paramahansa Yogananda tentou transmitir àqueles que vieram receber seu treinamento.
A maioria das pessoas não procura Deus ativamente porque não compreende que a verdadeira felicidade não será encontrada em outro lugar. O anseio humano por fama e poder, o desejo de abundância material e o anelo pelo reconhecimento dos outros, tudo provém do impulso natural da alma de expressar seu potencial infinito. A alma conheceu sua própria natureza perfeita - divinamente gloriosa e onipotente. Mas, no estado de ego iludido, não conhecemos essa perfeição da alma; temos apenas consciência de seus estímulos para manifestar nosso poder e glória inatos, interpretando-os mal."
(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 199/200)
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