"O devoto que faz da busca divina seu interesse
supremo encontrará eterna segurança no reino de Deus; nenhuma oscilação oriunda
de problemas ou provações poderá cruzar a soleira do seu santuário de silêncio
- onde a ninguém é permitido ingressar, exceto Deus, nosso Pai e Mãe, pleno de
bem-aventurança e amor.
Aquele que encontra, em seu interior,
esse "esconderijo do Altíssimo" torna-se transbordante de
suprema felicidade e divina segurança. Seja ao associar-se com amigos, seja
dormindo ou trabalhando, ele reserva tal morada apenas para Deus. Com a
consciência centralizada no Senhor, ele vê erguerem-se subitamente os véus
concêntricos de maya; repleto de
alegria, o devoto percebe Deus brincando de esconder com ele nas flores, as
estrelas cintilantes com uma Luz mais intensa e o céu sorrindo-lhe com o
Infinito. Com olhos espiritualmente abertos, o devoto contempla os olhos do
Infinito fitando-o através dos olhos de todos. Por trás da voz amável ou hostil
dos outros, ele escuta a voz leal do Infinito. Por trás da vontade sábia ou
equivocada. de todos, percebe a constância da vontade de Deus. Por trás de
todos os amores humanos, ele sente o supremo amor de Deus. Que existência
maravilhosa quando caem todos os disfarces de Deus, e o devoto se encontra face
a face com o Infinito, na bem-aventurada unidade da comunhão divina!
Permaneça constantemente inebriado de Deus, com a onda de
sua consciência sempre repousando no seio do Mar Eterno. Quando alguém se
debate agitadamente sobre a água, há pouca percepção do oceano - somente a
consciência do esforço; mas, ao relaxar, o corpo flutua; em sua leveza, é
possível sentir o oceano inteiro estendendo-se ao redor. É assim que o devoto
tranquilo sente Deus, com o universo inteiro da Felicidade Divina balançando
suavemente sob sua consciência."
(Paramahansa
Yogananda - A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 122/123)
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