“Em nossos
ashram, os devotos são estimulados a praticar o silêncio. É parte
vital do seu
sadhana ou busca de
Deus; porque se não aprendermos um pouco sobre a observância do silêncio, nunca
saberemos de fato o que é escutar a voz de Deus. É muito difícil conhecer a
Deus se não pusermos em ação os bons hábitos; e aprender a controlar nossas
palavras é essencial.
Guruji era muitíssimo contrário a
mexericos, absolutamente intolerante a isso. Ele o considerava um dos hábitos
piores e mais cruéis já alimentados pela humanidade. Para as pessoas que se
aproximavam dele com fofocas, ele sempre dizia: “Escutei suas palavras maldosas
a respeito de outras pessoas. Agora, quero que fale contra você mesmo. Chame
minha atenção a seus defeitos, porque você também os tem.”
Guruji apresentou uma linda
ilustração: “Esta boquinha que temos é como um canhão, e as palavras são a
munição. Elas destroem muitas coisas. Não fale em vão; só fale quando achar que
suas palavras vão fazer o bem.”
Em muitas religiões se encontram
pessoas que observam o silêncio. Na Índia, chamam essa prática de mauna, e aquele que a pratica, de muni. Todo devoto que gostaria de
conhecer Deus deve reservar uma parte do dia para praticar essa maravilhosa
qualidade. Isso pode ser feito se tomamos a decisão de que queremos fazê-lo.
“O grande homem”, dizia Guruji,
“fala muito pouco; mas quando fala, as pessoas o escutam.” É verdade, você
nunca encontrará um grande homem que seja muito loquaz. Ele se inclina a ser
mais silencioso, a comprometer-se mais em escutar do que falar. Mas quando ele
fala, todos escutam.”
Ashram – um eremitério
espiritual, quase sempre, um mosteiro.
Gurují – estimado Mestre – no
caso, Paramansa Yogananda
(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 165/166)
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