OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O PRAZER É UMA CONSCIÊNCIA DÚPLICE

"O prazer é uma consciência dúplice, constituída de uma "consciência de excitação" por possuir a coisa desejada e uma consciência de já não sentir a dor provocada por sua carência. Quer dizer: há no desejo tanto um elemento de sentimento quanto de pensamento. Essa posterior "consciência contraste", vale dizer, a  consciência inteira (como eu sofria quando não possuía o objeto desejado e como agora não sofro porque consegui o que eu queria) é o que essencialmente constitui o encanto do prazer. Por isso, vemos que a consciência da necessidade antecede à consciência do prazer - e que a consciência da satisfação de tal carência nela está inserida. Portanto, a consciência do prazer está relacionada com a carência e sua satisfação. É a mente que cria a carência e a satisfaz.

É grande equívoco considerar determinado objeto como prazeroso em si mesmo e guardar na mente a ideia dele, na esperança de satisfazer uma carência pela presença real desse objeto no futuro. Se os objetos fossem em si mesmos prazerosos, a mesma roupa ou alimento contentariam sempre a todos, o que não ocorre. O que se chama prazer é criação da mente: é uma consciência enganosa de excitação, que depende da satisfação do estado anterior de desejo e da atual consciência de contraste. Quanto mais se pensa que um objeto estimula a consciência do prazer e quanto mais se nutre na mente o desejo de possuí-lo, maior é o apetite para esse objeto, cuja presença considera-se que trará uma consciência de prazer e sua ausência, um sentimento de carência. Os dois estados de consciência levam, por fim, à dor. 

Logo, se queremos realmente diminuir a dor, temos que, tanto quanto possível, libertar a mente, de forma gradual de todo desejo e ideia de carência. Se eliminamos o desejo de determinado objeto - ao qual se atribuiu a remoção da carência -, nem mesmo a presença desse objeto diante de nós pode despertar a consciência enganosa e excitante do prazer. 

Todavia, em vez de diminuirmos ou restringirmos a noção de carência, nós habitualmente a aumentamos e, satisfazendo uma carência, criamos várias outras, o que resulta no desejo de satisfazer todas elas. Por exemplo, para evitar a falta de dinheiro, abrimos um negócio. A fim de levar adiante o negócio, temos de dar atenção a milhares de carências e necessidades que a manutenção desse negócio requer. Cada carência e necessidade, por sua vez, envolve outras carências e mais atenção, e assim por diante.

Vemos, assim, que a dor original envolvida na carência do dinheiro é mil vezes multiplicada pela criação de outras carências e interesses. Naturalmente, não significa que dirigir um negócio ou ganhar dinheiro seja ruim ou desnecessário. O que é ruim é o desejo de gerar carências cada vez maiores." 


(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 27/29)
http://www.omnisciencia.com.br/colecao-yogananda/a-ciencia-da-religiao.html


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