“(...) por meio da luz do
despertar espiritual, o hábito mortal de preferir as trevas ilusórias da
materialidade pode ser banido da consciência humana. Com reiterados atos de
força de vontade para meditar regular e profundamente, alcança-se o contato
bem-aventurado com Deus, que confere suprema satisfação, e é possível trazer de
volta à consciência essa alegria, a qualquer hora, em qualquer lugar.
Enquanto a pessoa permanecer
intoxicada com maus pensamentos e costumes, sua mentalidade obscurecida odiará
a luz da verdade. Entretanto, um ponto positivo acerca dos maus hábitos é que
eles raramente cumprem suas promessas, revelando-se, por fim, inveterados
mentirosos. É por isso que as almas não podem permanecer iludidas ou
escravizadas para sempre. Embora pessoas de maus hábitos demonstrem
inicialmente aversão ao pensamento de uma vida melhor, depois de terem seguido
maus caminhos o suficiente e atingido o ponto de saciedade – sofrendo o
bastante pelas conseqüências -, elas se voltam para a luz da sabedoria de Deus
em busca de alívio, a despeito de quaisquer maus hábitos que estejam ainda
entrincheirados e precisem ser vencidos. Ao viverem continuamente em harmonia
com a Verdade, nessa luz vêm então a conhecer alegria e paz interior que
resultam do autocontrole e dos bons hábitos. (...)
Aquele que busca a Deus, tentando
todos os dias modificar algo que não seja positivo em sua natureza, transcende
gradualmente suas antigas tendências materialistas impostas pelos hábitos. Suas
ações e sua própria vida são recriadas, “feitas em Deus”; ele, em verdade,
nasce uma segunda vez. Aderindo ao bom hábito da meditação científica diária,
percebe a luz da sabedoria de Cristo e é batizado nessa divina energia do
Espírito Santo, que efetivamente apaga os circuitos elétricos formados no
cérebro pelos maus hábitos de pensamentos e ação. Abre-se o seu olho espiritual
de percepção intuitiva, conferindo-lhe não apenas orientação infalível no
caminho da vida, mas também a visão do divino reino celestial e a entrada nesse
reino de Deus – e, por fim, a unidade com Sua consciência onipresente.”
(Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization
Fellowship – p. 78/79)
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