"Pense nisto! De um bilhão e meio de pessoas que morrem a cada cem anos, cada uma representou um papel definido no filme cósmico. Na verdade, cada ser humano também foi protagonista de um "filme particular"; o filme da própria vida. Se você multiplicasse todas as vidas cinematográficas interpretadas por esses milhões de seres, não conseguiria contá-las. Mas o espetáculo tem um propósito: que você aprenda a desempenhar os vários papéis do filme da vida sem identificar seu Ser com o papel. É importante evitar a identificação com a dor, a raiva ou qualquer outro sofrimento mental ou físico que sobrevenha. O melhor modo de dissociar-se do problema é desapegar-se mentalmente, como se você fosse um mero espectador, enquanto, ao mesmo tempo, procura uma solução.
Não espere obter paz e felicidade perfeitas na vida terrena. Esta deveria ser sua nova atitude: sejam quais forem as experiências, veja-as de forma objetiva, como se apreciasse um filme. Você precisa encontrar a paz e a felicidade verdadeiras em seu interior. As experiências externas deveriam ser apenas um divertimento. Você pode transformar todas em desgraças, se deixar que sua mente o faça. Pode ter boa saúde e não valorizá-la.; Mas, se ficar doente, apreciará então o que é ter saúde. Mostre gratidão a Deus pelo que Ele concede, sem esperar que os infortúnios o ensinem a ser grato.
(...) Quando você perde o equilíbrio interior, é justamente quando fica mais vulnerável ao sofrimento do mundo. Não desonre o nome de Deus, à imagem de Quem você é feito. Desperte a fortaleza inata da mente, afirmando: "Nenhuma experiência me afetará, seja qual for. Estou sempre feliz." (...)
Um cientista precisa fazer vários experimentos até chegar a um único fato. Mas o homem espiritualmente desenvolvido pode perceber o fato sem passar pelo processo físico. Se você primeiro se unir a Deus, tudo o que pensar poderá materializar-se. Jesus demonstrou esta verdade muitas vezes. Ele havia alcançado a unidade com Deus."
(Paramahansa Yoganada - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 238/239)
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