“Todos precisam deixar de lado as preocupações e entrar em absoluto
silêncio toda manhã e toda noite. Nessas ocasiões, tente ficar um minuto sem
pensar em seus problemas. Concentre-se na paz que há dentro de você. Em
seguida, tente concentrar-se por diversos minutos nessa paz interior. Depois
pense em um acontecimento que lhe tenha dado felicidade e demore-se nele,
visualizando-o. Reviva mentalmente a experiência agradável, reiteradamente, até
que tenha afastado por completo suas preocupações.
Se por um instante pudéssemos perceber o efeito sobre nós das cargas que
colocamos frequentemente sobre nossa mente, talvez ficássemos surpresos de não
termos tido um colapso há muito tempo. Impondo à nossa mente o ônus de todos os
tipos de preocupações e ansiedade, logo ficamos oprimidos por essa carga. Como
resultado, insinua-se o temor e perdemos nossa disposição mental e nosso
equilíbrio espiritual.
Nosso problema é que, em vez de vivermos só no presente, tentamos viver
no passado e no futuro ao mesmo tempo. Essas cargas são pesadas demais para a
mente, por isso devemos restringi-las. O passado já se foi. Por que continuar a
carregá-lo na mente? Deixe que ela cuide de seus fardos, um de cada vez.
O cisne como apenas os sólidos contidos no líquido que ele recolhe em
seu bico. Da mesma forma, deveríamos nos lembrar apenas das lições que
aprendemos no passado e esquecer os detalhes inúteis. Isso aliviará muito a
mente e eliminará as preocupações.
A preocupação pode ser comparada a um inseto que se alimenta no interior
de uma flor. Quando as pétalas se fecham sobre ele, morrem tanto a flor quanto
o inseto. A preocupação consome toda a nossa vitalidade interna sem que o
percebamos conscientemente. Quando despertamos para o que está acontecendo, já
se fez o prejuízo, que pode ter efeito de grande alcance sobre o sistema
nervoso.”
(Paramahansa
Yogananda – Paz Interior – Ed. Self-Realization Feloowship – p. 85/87)
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