“A suscetibilidade se expressa
como falta de controle do sistema nervoso. A ideia de estar sendo ofendido
percorre a mente, e os nervos se rebelam. Ao reagir, algumas pessoas fervem de
raiva internamente ou sofrem com os sentimentos feridos e não mostram a
irritação externamente. Outras exprimem as emoções por meio de uma reação óbvia
e instantânea nos músculos dos olhos e da face – e frequentemente também com a
língua, numa resposta ríspida. Em qualquer caso, ser suscetível é tornar-se
infeliz e criar uma vibração negativa que afeta igualmente os outros de maneira
adversa. Ser sempre capaz de difundir uma aura de bondade e paz deveria ser a
razão da vida. Mesmo que haja um bom motivo para estar exaltado por causa de
maus-tratos, a pessoa que, em vez disso, controla-se nessa situação é senhora
de si mesma.
Nada se consegue ruminando
silenciosamente algo que percebemos como uma ofensa. É melhor remover, pelo
autocontrole, a causa que produz essa suscetibilidade.
Quando alguma coisa o aborrece,
não importa quão justificada seja sua insatisfação, saiba que está sucumbindo a
uma suscetibilidade indevida, e você não pode se permitir isso. A
suscetibilidade é um hábito contrário à vida espiritual, um hábito nervoso, um
hábito que destrói a paz, tira o controle de si mesmo e rouba sua felicidade.
Sempre que uma atitude de suscetibilidade visita o coração, a estática que
produz impede que você ouça a divina canção de paz curativa que toca em seu
interior no rádio da alma. Quando a suscetibilidade aparecer, procure
imediatamente dominar essa emoção.”
(Paramahansa
Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 102/104)
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