Parte dos comentários de Paramahansa Yogananda, a respeito do contido em: Lucas 10:25-28 e Marcos
12:28-31
“Todo o
propósito da religião – na verdade, da própria vida – está condensado nos dois
mandamentos supremos citados por Senhor Jesus nesses versículos. Neles está a
essência da eterna verdade que caracteriza todos os caminhos espirituais
genuínos, o irredutível imperativo que o homem precisa abraçar com alma
individualizada, separada de Deus, se quiser recuperar a consciência de sua
unidade com o Criador.
“Faze isso, e
viverás”, disse Jesus ao doutor da lei que havia perguntado como obter a vida
eterna. Quer dizer: “Se puderes amar a Deus plenamente na autêntica comunhão da
meditação diária e, por meio de tuas ações, demonstrar amor ao próximo (teu
irmão divino), assim como amas a ti mesmo, então te elevarás acima da
consciência mortal deste plano ilusório de vida e morte, e conhecerás o
Espírito eterno e imutável, presente em teu interior e em toda parte.”
“Destes dois
mandamentos depende toda a lei e os profetas”, proclamou Jesus ao doutor da lei
mencionado no Evangelho de Mateus. E, no Evangelho de Marcos, ao escriba que
perguntara qual era o supremo mandado divino, Jesus respondeu: “O Soberano
Cósmico, nosso Protetor, nosso Deus, é o único Senhor e Mestre de toda a
criação. Ele te criou como um de Seus filhos, feito à Sua imagem, e trazes
contigo a marca de um parentesco divino determinado por Ele. A ti cabe amar
espontaneamente ao teu Criador com o amor que Ele implantou em ti – com todo o
amor divino de seu coração, com toda a percepção intuitiva de tua alma, com
toda a atenção de tua mente e com toda a força de tua determinação mental e
energia física.”
Essa – declarou
Jesus – é a mais importante de todas as leis cósmicas proclamadas pelo Espírito
para a elevação e libertação da alma, pois, através dos portões do amor do
homem, Deus estabelece Sua unidade com ele – uma união que o liberta do
cativeiro da ilusão. Amar a Deus supremamente significa receber Dele realização
e contentamento eternos, livrando-se o homem de todos os desejos que o levam
temerariamente a contínuos nascimentos e mortes, com seus incalculáveis
sofrimentos. (...)”
(Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus –
Ed. Self-Realization Fellowship – p. 101/102)
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