domingo, 18 de novembro de 2012

CEGUEIRA


“Disse a flor:

- Como são tolos os homens!

A mim fazem versos e cantam louvores. Mas, sem teu mergulho no fundo escuro do humo, existiria eu, para recolher orvalho, para inspirar amantes, enfeitar a meditação dos místicos e oferecer nutrição às abelhas?!

Desculpa, irmã raiz.

Mas não sou culpada.

É a cegueira dos homens que me faz usurpar teus méritos.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 134)

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