OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 18 de novembro de 2025

EXTERIORIZANDO A PAZ

"Entrevistado: Busco a paz interior. Por isso, passo a vida me dedicando a agradar e socorrer os outros; mas, no final, sou sempre mal compreendido e mal interpretado. Ao ser criticado, fatalmente perco a pouca harmonia interna que havia conseguido, e me sinto 'um nada'. Tenho certa tendência para agir sempre de forma irrepreensível. Por que sou tão vulnerável às opiniões alheias? Estou cansado! O que devo fazer?

Sugestões para o entrevistador :

A paz se exterioriza nos olhos de quem aprendeu a arte de ser sincero consigo mesmo. A meta mais fácil do mundo para se alcançar é ser como somos. A mais difícil é ser como as outras pessoas gostariam que fôssemos. A serenidade interior é conquista de quem possui auto lealdade.

A artemísia é uma planta balsâmica, de gosto amargo e utilizada como remédio. O sândalo é uma árvore de madeira resistente, da qual se extrai um óleo empregado em farmácia e perfumaria. Ambos são aromáticos e originários da Ásia, possuem algo em comum, mas têm utilidades completamente diferentes.

A Natureza refuta a igualdade. Jamais foram encontradas duas flores idênticas; as semelhantes se modificam com o passar do tempo. Até as folhas de uma mesma árvore são desiguais, assim como variável é cada amanhecer.

Para desfrutarmos a paz verdadeira, precisamos entender que somos um núcleo de vida distinto; vivemos em comunidade, mas sobretudo com nós mesmos. Somente empregando de maneira responsável nossa capacidade de sentir, de raciocinar e de realizar, livre das interferências dos cegos instintos e dos laços de dependência, é que podemos nos apaziguar de modo essencial.

Não nos reportamos a isso para nos envaidecer ou diminuir os outros, e sim para que tenhamos mais consideração pelo nosso universo pessoal.

É preciso que nos perguntemos: quem escolhe o que penso e o que sinto? quem determina como vou agir? Cabe-nos, portanto, o domínio de nossa vida, pois falsas identidades podem estar controlando-nos a ponto de desperdiçarmos energias imprescindíveis à nossa harmonia e segurança.

Dente-de-leão, no folclore da flora silvestre, significa vontade firme e lealdade aos próprios objetivos, por ser capaz de crescer em abundância em todos os períodos do ano, ou em qualquer campo ou terreno. Seu nome vem do francês, 'dent-de-lion'. Essa flor amarelo-ouro apresenta como semente um talo de pelos brancos e sedosos que o vento dissemina com facilidade; por isso se reproduzem rapidamente.

Se você procura serenidade, assimile a linguagem de auto fidelidade que lhe inspiram os dentes-de-leão e, ao mesmo tempo, liberte-se dessa reação exagerada aos desejos dos outros.

Visualize a tranquilidade dos ambientes campestres. O vislumbre de uma tarde em lindo campo florido fala de paz a seu coração e o alivia prolongadamente.

Sua memória está repleta dessas associações, que seu dia-a-dia inquieto e intranquilo deixa muitas vezes escondido em sua mente.

Paz é, acima de tudo, harmonia consigo mesmo, em seguida, com os outros. É harmonia com Deus e com a Natureza. Paradoxo é almejar a paz e viver em discordância íntima.

A Excelsa Criação deu-lhe a habilidade de realização através da Natureza, assim como outorgou às plantas a capacidade de florescer. Nenhuma árvore de sândalo necessita que um botânico lhe diga como produzir sua essência aromatizante. Se você quiser transluzir a paz, seja fiel ao que é, dando ao Planeta os frutos de sua própria natureza.

A verdade é que, por mais que você se esforce para ser justo e consciente, sempre haverá alguém que interpretará mal seus atos e atitudes. Ninguém consegue agradar a todos.

Confie em si mesmo, confie em Deus. Apenas Ele maneja os fios invisíveis e infinitos de toda existência humana.

Você encontrará a paz conscientizando-se de que cada um é uma ferramenta exclusiva e específica da Natureza, circunstancialmente trabalhando na Terra sob o Comando Divino." Lourdes Catherine

Texto extraído do livro "Conviver e Melhorar, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelos espíritos Batuíra e Lourdes Catherine, Boa Nova editora e distribuidora de livros espíritas, Catanduvas, SP, 1999, p.175/177.
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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

ACEITAÇÃO

"Apenas aquele que aceitou a mudança de atitudes é que se pode considerar realmente curado, pois só a transformação íntima é que nos pode tirar, gradativamente, dos ciclos perversos dos desequilíbrios interiores que geram as enfermidades do corpo e as aflições humanas.

Não podemos deixar ninguém decidir a maneira como vamos agir. Se alguém opta pela ingratidão, não devemos nos magoar nem nos deixar arrastar por atitudes vingativas. Se outro tem um comportamento medíocre, é preciso aceitar que cada um está num determinado estágio evolutivo e, portanto, dando somente aquilo que possui. Somos nós quem decidimos como 'agir'; não devemos 'reagir', mas aceitar o outro tal qual ele é e prosseguir, igualmente aceitando o que somos e fazendo tudo aquilo que acreditamos ser bom e adequado para nós.

A aceitação é uma das características dos grandes homens da humanidade, que aprenderam a respeitar as leis evolutivas em si mesmos e nos outros.

'Existe em Jerusalém, junto à Porta das Ovelhas, uma piscina que, em hebraico, se chama Betesda, com cinco pórticos. Sob esses pórticos, deitados pelo chão, numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos ficavam esperando o borbulhar da água. Porque o Anjo do Senhor descia, de vez em quando, à piscina e agitava a água; o primeiro, então, que aí entrasse, depois que a água fora agitada, ficava curado, qualquer que fosse a doença.

Encontrava-se aí um homem, doente havia trinta e oito anos. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que já estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar curado? Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho quem me jogue na piscina, quando a água é agitada; ao chegar, outro já desceu antes de mim. Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda! Imediatamente o homem ficou curado. Tomou o seu leito e se pôs a andar.

Essa pergunta: 'Queres ficar curado?' deve ser entendida no seu significado mais profundo. Nela podemos sintetizar tudo que Jesus ensinava e fazia. Trata-se de indagação que exige da criatura uma renovação das estruturas internas e, igualmente, das externas - uma verdadeira transformação psíquica.

Quando alguém é abordado assim com uma questão tão incisiva e responde: 'Senhor, não tenho quem me jogue na piscina, quando a água é agitada; ao chegar, outro já desceu antes de mim', presume-se seja uma criatura que se sente 'vítima de um destino cruel' e completamente impotente diante da existência. Quem se posiciona dessa forma não admite ser responsável por suas desditas e sempre acusa os outros ou as circunstâncias por não se sentir feliz ou sadio.

São indivíduos que nunca conseguem falar de si mesmos para expor e refletir sobre seus atos, pensamentos e emoções. Durante um diálogo, apenas culpam ou acusam as pessoas com quem convivem e incriminam a tudo e a todos pelas próprias desventuras.

Somos pessoalmente responsáveis pela infelicidade que vivenciamos; a felicidade somente fica fora de nosso alcance quando não aceitamos perceber a nós mesmos.

Entretanto, se o enfermo respondesse: 'Sim, é claro que quero me curar', poderíamos dizer que nasceu nele um comprometimento com a mudança de atitude e com a autorresponsabilidade. Pressupõe-se que ele se compromete inteiramente com a proposta recebida do Mestre Amoroso e se submete à terapia de renovação íntima. De outra forma, ele está longe de ser um homem curado em definitivo, transformado, dotado de lucidez mental e de novas concepções a respeito da Vida.

Jesus Cristo - o Médico das Almas - não olha só sintomas externos, mas quer a transformação interior, a mudança integral do ser humano. No fundo, as criaturas imaturas desejam uma cura imediatista para os seus males, não aspirando senão a mudanças superficiais. Exigem, sem nenhum esforço, que as bênçãos desçam sobre seus caprichos infantilizados ou desejos precipitados; querem 'pagar um preço' irrisório pelo desenvolvimento e crescimento espiritual. Esse preço não se paga com autoilusão, com atitudes de vitimização ou de autopiedade, e sim com mudança de comportamento interior.

Todavia, já curado, o ex-enfermo denuncia Jesus a seus inimigos, que procuravam um pretexto para prendê-lo e executá-lo. Assim prossegue o apóstolo João na sua narrativa: 'Depois disso, Jesus o encontrou no Templo e lhe disse: Eis que estás curado; não peques mais, para que não te suceda algo ainda pior! O homem saiu e informou aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado. Por isso os judeus perseguiam Jesus: porque fazia tais coisas no sábado'.

O Mestre Nazareno aceitou a atitude de ingratidão do ex-paralítico, visto que sabia que tudo obedece a um ritmo natural e que a transformação espiritual não acontece de forma abrupta. Por isso alertou-o, dizendo: 'Não peques mais, para que não te suceda algo ainda pior!' Cristo possuía amplo conhecimento de que a evolução é uma espiral infinita e que cada qual atinge uma 'paisagem existencial' de acordo com a posição em que se encontra. A cura física pode ser um meio, mas somente a plena conscientização é o fim.

'(...) Há o progresso regular e lento que resulta da força das coisas. (...) As revoluções morais, como as revoluções sociais, se infiltram pouco a pouco nas ideias e germinam durante os séculos; de repente, estouram e fazem ruir o edifício carcomido do passado, que não está mais em harmonia com as necessidades novas e as novas aspirações (...)'

Apenas aquele que aceitou a mudança de atitudes é que se pode considerar realmente curado, pois só a transformação íntima é que nos pode tirar, gradativamente, dos ciclos perversos dos desequilíbrios interiores que geram as enfermidades do corpo e as aflições humanas.

Texto extraído do livro "Os prazeres da alma', de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova, ed. e dist. de livros espíritas, Catanduva, SP, 2003, p. 201/204.
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terça-feira, 11 de novembro de 2025

MODELAGENS DA VIDA

"Entrevistado: Oh! meu Deus! parece que sou tratado injustamente pela vida! Estou amargurado e me encontro no limite de minha resistência! Não mereço essa falta de sorte! Por que tudo tem que acontecer logo comigo, enquanto os outros vivem tranquilamente? Qual a razão disso tudo? Será que a vida na Terra é uma eterna reincidência de abalos emocionais?

Sugestões para o entrevistador :

Juntos e ao mesmo tempo sozinhos, estamos viajando pela estrada da Eternidade. A existência para algumas pessoas assemelha-se a noites intermináveis, como se estivessem predestinadas a viver incessantes sofrimentos.

Por mais desafortunado que você esteja, vivendo em obscuridade aparentemente irreparável, recorde o fato de que a luz e a noite fazem parte da vida e que existimos interdependentemente. Todos somos unos com a Natureza.

A noite diluir-se-á com o aparecimento do sol, a não ser que você prefira prender-se eternamente a ela. Muito além do céu encoberto de tristeza está o astro rei radiante de alegria.

Nem as tempestades nem a escuridão são más. Como apreciar as estrelas se não houver noites escuras? Depois de uma tarde turva e chuvosa, pode-se desfrutar a brandura de um entardecer resplandecente.

A existência é um jogo de luzes e sombras, e para a criatura desperta tudo é utilidade e contribuição, cooperando com seu aprendizado evolutivo.

A luz se torna para todos os que veem a principal fonte de informação acerca do ambiente onde vivem. Ela é de tal modo importante que mesmo os peixes que habitam os enormes abismos oceânicos, de difícil acesso para os raios solares, fazem uso de seu campo visual, permutando elementos com microrganismos capazes de emitir luz.

A germinação das sementes e o florescimento de certas plantas são desencadeadas quando os dias são mais longos, certamente por receberem luminosidade por mais tempo. As flores silvestres cobrem os bosques como tapetes coloridos, ano após ano, por causa das carícias da luz solar.

Em épocas de penumbra e de muito frio, alguns animais reduzem suas atividades ao mínimo, permanecendo numa espécie de sono profundo (hibernação). Por meio desse fenômeno, tais seres conseguem suportar as condições adversas do inverno. Nesses períodos, as sementes e plantas passam a viver à custa de certas substâncias armazenadas em seu próprio organismo.

No verão surgem novas relvas em abundância, brotam suas irmãs do mesmo verde-claro perto das nascentes de águas cristalinas, circundando as raízes de velhas árvores.

No concerto universal, do qual partilhamos, a parceria é muito maior do que pensamos, e cada criatura precisa tomar ciência dessa integração.

Quando atravessamos momentos de escuridão vivencial e de decaimento, aceitemo-los como instrumentos de ajuda e como sinal de que algo de bom estão nos ensinando. Todas as situações têm sua razão de ser, são verdadeiras modelagens pelas quais a Vida Providencial aprimora a todos. Existem soluções para o inverno e para as noites escuras. Desfechos naturais para resistirmos ao frio e ao calor.

Se a Natureza protege todos os seres irracionais, criando para eles meios de defesa e diversos sistemas de adaptação, a fim de compensá-los das variações de temperatura e de outras tantas intempéries do cotidiano, quanto mais ainda fará em favor dos seres racionais!...

Compartilhe do Universo, apesar dos problemas que você estiver enfrentando, pois eles representam mecanismos criados para sustentá-lo. Você está sendo amparado pela Providência, não só nos momentos de luz/alegria, mas também nas variadas circunstâncias de noite/tristeza.

Existem vários pontos nocivos ou crenças adversas que estão particularmente impedindo seu progresso e bem-estar. Procure-os em sua intimidade e os transforme, eliminando, assim, o desconforto que o aflige.

Pense nisso. Talvez você precise ficar sozinho por algum tempo para melhor compreender as experiências pelas quais está passando." Lourdes Catherine

Texto extraído do livro "Conviver e Melhorar, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelos espíritos Batuíra e Lourdes Catherine, Boa Nova editora e distribuidora de livros espíritas, Catanduvas, SP, 1999, p.187/189.
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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

A FÓRMULA PARA A PAZ É SIMPLES: CONFIA, ENTREGA, ACEITA E AGRADECE!

"Confia: Liberte-se da necessidade de controlar a vida. Deixe a vida fluir. Acredite que existe uma força maior que seu ego. O pequenino eu apenas deseja controlar tudo, mas na maioria das vezes, nem mesmo é capaz de discernir entre o certo e o errado e muito menos, o que é melhor em cada situação entre as coisas certas.

Entrega: Faça tudo da melhor maneira possível, mas sem se apegar ao resultado e sem expectativas. Quando você confia, é capaz de entregar o processo a Deus ou ao Universo, pois sabe que o Poder e a Sabedoria da Providência Divina cuidarão de tudo, mesmo que o resultado não seja o que você espera, nem venha tão rápido como você deseja.

Aceita: Porque você entende que o resultado das forças em operação é sempre o melhor que você poderia ter nesse momento. E, até mais importante, é exatamente o que você precisa, mesmo que seu ego não entenda e queira algo diferente.

E agradece: Pois tudo o que acontece na vida é uma oportunidade de crescimento. Cada vez mais você será capaz de perceber, que tudo aquilo que você tem buscado do lado de fora se encontra dentro de você! Não há nada em que você precise se tornar. Você já é completo e perfeito. Só precisa reconhecer e manifestar plenamente o que já existe de forma latente em seu interior."

Raul Branco, A Essência da Vida Espiritual, Ed. Teosófica, Brasília, DF, 2018, p. 219/220.
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terça-feira, 4 de novembro de 2025

RIGIDEZ

"Os erros são quase que inevitáveis para quem quer avançar e crescer. São acidentes de percurso, contingências do processo evolutivo que todos estamos destinados a vivenciar.

Quando agimos erroneamente é porque não sabemos como fazer melhor. Ninguém, de forma deliberada, tem o desejo de ser infeliz; portanto, ninguém escolhe o pior. Os feitos e as atitudes peculiares de cada criatura estão intimamente ligados a seu desenvolvimento físico, mental, social e moral. Nossa maturidade espiritual é adquirida através das experiências evolutivas no decorrer de todos os tempos, seja na atualidade, seja no pretérito distante.

Tudo o que fazemos está relacionado com nossa idade astral. Inquestionavelmente, fazemos agora o que de melhor poderíamos fazer, porque estamos agindo e pensando conforme nossas convicções interiores; aliás, ela (a idade astral) é gradativa pois está vinculada às nossas percepções evolutivas.

As criaturas que agem com austeridade em determinada circunstância acreditam que aquela é a melhor opção a tomar. Porém, quando o amadurecimento conduzi-las a ter uma melhor noção a respeito dos relacionamentos humanos, elas assimilarão novas maneiras de se comportar e passarão a agir de forma coerente com seu novo entendimento. A concepção de bem se amplia de acordo com nosso desenvolvimento espiritual.

A proposta cristã 'pagar o mal com o bem' sugere: castigar por castigar não transforma a criatura para o bem, mas somente o amor é capaz de sublimar e educar as almas.

A pena de morte é uma rigidez dos costumes humanos. Propõe matar o corpo físico como punição pelas faltas cometidas, com o esquecimento, porém, de que somente transfere a problemática para outras faixas da vida e cria revolta e desarmonia no ser em correção.

A dor apenas terá função dentro dos imperativos da vida, enquanto os homens não aceitarem que somente o amor muda e renova as criaturas.

O projeto da Vida Maior é conscientizar-nos, não sentenciar.

Nosso planeta está repleto de criaturas intelectualizadas e influentes, mas nem por isso sábias e habilitadas para todas as coisas. Por mais inteligente que seja o ser humano, sempre haverá um universo de coisas que ele desconhece.

Muitas pessoas matam, roubam e mentem sem vacilação alguma, mas será que sabem perfeitamente que isso não é certo?

Estar no intelecto não é a mesma coisa que estar na profundeza da alma. Ter informações e receber orientações não é a mesma coisa que integralizar o ensinamento, ou mesmo, saber por inteiro.

"... O homem julga necessária uma coisa, sempre que não descobre outra melhor. À proporção que se instrui, vai compreendendo melhormente o que é justo e o que é injusto e repudia os excessos cometidos, nos tempos de ignorância, em nome da justiça." 

Os erros são quase que inevitáveis para quem quer avançar e crescer. São acidentes de percurso, contingências do processo evolutivo que todos estamos destinados a vivenciar.

Em vez de repelirmos nossos erros, deveríamos analisá-los atentamente como se fossem verdadeiros objetos de arte, evitando, assim, futuros comprometimentos.

Deus permite que o erro integre o nosso caminho. Aliás, ele faz parte das nossas condições evolutivas, para que possamos aprender e assimilar as experiências da vida. Os erros são ocorrências consideradas admissíveis pela legislação do Criador.

Deus não condena ou castiga ninguém, mas o oposto: instituiu leis harmoniosas e justas que nos conduzirão fatalmente à felicidade plena, apesar de nossas faltas e desacertos.

Por que então usar de rigidez perante os acontecimentos da vida?"

Extraído do livro "As dores da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova editora e distribuidora de livros espíritas, Catanduvas, SP, p. 141/143.
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