OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 2 de outubro de 2025

ANSIEDADE

"A reunião de todas as nossas ansiedades não poderá alterar nosso destino; somente nosso empenho, determinação e vontade no momento presente é que poderá transformá-lo para melhor.

Definimos comportamento como o conjunto de reações e condutas de um indivíduo em resposta a um estímulo. Em outras palavras, é a forma de ser, agir e reagir exclusiva de cada pessoa.

Nossas convicções íntimas é que determinam nossos comportamentos exteriores; portanto, reside em nós mesmos a influência que exercemos sobre as situações imediatas ou sobre as circunstâncias futuras de nossa vida. Nenhuma de nossas condutas ou atitudes manifestadas é livre de efeitos. Embora possa não ser notada no momento, futuramente será percebida e influenciará outros eventos em outras ocasiões.

O poder das crenças e dos pensamentos é fator impressionante nas ocorrências de nosso cotidiano.

Sabendo dessas verdades, não seria de vital importância que observássemos melhor nossos pensamentos habituais e analisássemos nossas crenças mais profundas? Não seria mais adequado verificarmos onde estamos pondo nosso poder de fé?

É frequente idealizarmos ansiosamente o nosso futuro. Atribuímos momentos felizes e expectativas irreais à nossa vida, encaixando-os em ocasiões especiais como a formatura, o casamento, os filhos, um bom emprego. Quase sempre, quando o fato se concretiza, ficamos por demais frustrados, pois a realidade nunca corresponde exatamente à nossa idealização precipitada.

A preocupação pode produzir ansiedade, levando-nos, a partir de então, a imaginar fatos catastróficos. Quando nos preocupamos com o futuro, não vivemos o agora e sofremos imensa imobilização, que toma conta do nosso presente, advinda de coisas que irão ou não acontecer no amanhã. A reunião de todas as nossas ansiedades não poderá alterar nosso destino; somente nosso empenho, determinação e vontade no momento presente é que poderá transformá-lo para melhor.

As situações calamitosas que imaginamos apenas se materializarão, se as dramatizarmos constantemente. Se imprimirmos com pensamentos trágicos os fatos e acontecimentos da vida, eles assumirão proporções que não tinham a princípio e, realmente, tornarão realidade. Criaturas trágicas atrairão certamente a tragédia.

Crer com firmeza que Deus nunca erra e sempre está se manifestando e se pronunciado em tudo e em todos será sempre um método feliz de se despreocupar. Crer que Ele está sempre disposto a nos prover de tudo o que necessitamos para nosso amadurecimento espiritual é o melhor antídoto contra a ansiedade e os excessos de imaginação dramática.

Deus é a 'Consciência do Universo', a 'Alma da Natureza' e a 'Harmonia das Forças Cósmicas'. As Entidades Benevolentes e Sábias que elaboraram os fundamentos da Doutrina Espírita responderam que: '(...) Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom (...) do vosso ponto de vista (...) porque credes abranger tudo.'

Acreditar que a vida é perfeita e que nada existe que não tenha uma razão de ser nos conduzirá sempre ao discernimento de que tudo está certo de maneira inequívoca e absoluta. Mesmo quando estamos iludidos pelos aspectos exteriores das coisas, pela falta de fé, pelos exageros de qualquer matiz, ainda assim a Vida Providencial nos levará a 'um só rebanho e um só Pastor'. 

Lembremo-nos, porém, de que a imaginação serve para criarmos quadros de alegria, beleza, progresso, amor. No entanto, se a estivermos usando para produzir tristeza, ansiedade, abandono, medo e desconfiança, o melhor a fazer é interromper o negativismo e mudar o estado mental.

Cada um transita pelo caminho certo, na hora exata, de acordo com seu estado evolutivo. Não há com que nos preocuparmos; tudo está absolutamente correto, porque todos estamos amparados pela sabedoria providencial das Leis Divinas." 

Extraído do livro "As dores da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova editora e distribuidora de livros espíritas, Catanduvas, SP, p. 149/151.
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terça-feira, 30 de setembro de 2025

VENCER O MAL

'Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.' – Paulo. (Romanos, 12:21.)

Comumente empregamos a expressão 'guerrear o mal', como se bastassem nossas atitudes mais fortes para exterminá-lo e vencê-lo.

Sem dúvida, semelhante conceituação não é de todo imprópria, porque, em muitas circunstâncias, para limitá-lo não podemos dispensar vigilância e firmeza.

Ainda assim, muitas vezes, zurzindo-lhe as manifestações com violência, criamos outros males a se expressarem através de feridas que apenas o bálsamo do tempo consegue cicatrizar.

O apóstolo, contudo, é claro na fórmula precisa ao verdadeiro triunfo.

'Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem'.

Perseguir, quase sempre, é fomentar.

O melhor processo de extinguir a calúnia e a maledicência é confiar nosso próprio verbo à desculpa e à bondade. O recurso mais eficiente contra a preguiça é o nosso exemplo firme no trabalho constante. O meio mais seguro de reajustar aqueles que desajudam ao próximo é ajudar incessantemente. O remédio contra a maldição é a bênção. Os antídotos para o veneno da injúria são a paz do silêncio e o socorro da prece.

Por isso mesmo, Jesus ensinou:

'Amai os vossos inimigos.

Bendizei os que vos maldizem.

Orai por aqueles que vos maltratam e caluniam.

Perdoai setenta vezes sete.

Ofertai amor aos que vos odeiam'.

Podemos, pois, muitas vezes, combater o mal para circunscrever-lhe a órbita de ação, mas a única maneira de alcançar a perfeita vitória sobre ele será sempre a nossa perfeita consagração ao bem irrestrito."

Extraído do livro "Palavras de Vida Eterna", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, http://livroespirita.4shared.com/, p.15.
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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

FAÇA DE DEUS A ESTRELA POLAR DE SUA VIDA

"Faça de Deus o Pastor de sua alma. Faça Dele o seu Farol quando atravessar os caminhos sombrios da vida. Ele é a sua Lua na noite da ignorância, o Sol nas horas de vigília. É a sua Estrela Polar nos mares escuros da existência mortal. Busque a orientação Dele. O mundo continuará assim, cheio de altos e baixos. Onde encontrar um senso de direção? Não nos preconceitos criados em nós pelos hábitos e pelas influências ambientais da família, do país ou do mundo, mas na voz orientadora da Verdade interior.

Penso apenas em Deus, em todos os momentos. Coloquei meu coração no abrigo do Senhor; pus meu espírito a Seu encargo. Depositei meu amor e devoção a Seus pés de Eternidade. Confie primeiro em Deus e depois, por meio da divina orientação interna, confie nos que manifestam a luz Dele. É essa Luz que me guia. Essa Luz é meu amor, minha sabedoria. E Ele me conta como Sua virtude está vencendo e sempre vencerá."

Paramahansa Yogananda, O Romance com Deus, Self-Realization Fellowship, p. 244/245.
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terça-feira, 23 de setembro de 2025

CORAGEM

"A autorreflexão ou a atitude de mantermos um constante intercâmbio com a 'voz da alma', nos daria suficiente liberdade, segurança e coragem para nos guiar por nós mesmos. É bom lembrar que nos podem forçar a 'ser escravos', mas não nos podem obrigar a 'ser livres'.

Coragem é uma importante capacidade da alma, porque dá consistência às demais, enaltecendo-as. Ela faz surgir a autoconfiança e concretiza efetivamente nossas aspirações e anseios. Muitos dons e talentos, no entanto, são comprometidos por falta de coragem.

A Espiritualidade Superior não nos quer submissos à vontade de outrem, nem inabilitados para tomar decisões, mas quer que nos apropriemos de nossos valores inatos, demonstrando determinação e firmeza diante da vida, porque isso teria como resultado natural o conforto físico, psíquico e espiritual.

O Mundo Maior nos incentiva a utilizar as próprias potencialidades a fim de que possamos descobrir a força e a coragem que existem em nossa intimidade. Ele nos convoca, principalmente, para trazer à tona a luz existente dentro de nós, e não para nos entregarmos a refúgios externos.

Nenhum fato ou acontecimento está além de nossa aptidão ou capacidade de lidar com eles. A vida nunca nos apresenta um problema sem que tenhamos a possibilidade de resolvê-lo.

A autoconfiança deve ser ensinada no berço, e a necessidade de aprovação não deveria ser confundida com a busca de afeto ou amor. Para estimular a autoconfiança e a coragem de tomar decisões num adulto, seria necessário que, desde cedo, as crianças não fossem educadas com grande dose de controle ou aprovação, Contudo, se uma criança cresce sentindo que não pode, em nenhuma circunstância, decidir e que, em nome dos 'bons modos' ela precisa a todo momento pedir autorização dos pais para agir. são plantadas nela as 'sementes neuróticas' de insegurança, medo e falta de confiança.

A busca de aprovação aqui mencionada não tem nada a ver com a atitude saudável dos pais de orientar e educar os filhos, e sim a postura destrutiva de impor aos menores a necessidade de submeterem tudo à opinião e consentimento dos adultos.

Precisar da permissão de uma pessoa já causa frustração e infortúnio, mas o problema se agrava quando a necessidade do consentimento se torna genérica. Quem se comporta dessa maneira está condenado a encontrar uma grande dose de abatimento e desânimo diante da vida. Além disso, o indivíduo incorpora uma autoimagem dissimulada ou irreal, erradicando de sua existência a possibilidade de realização pessoal.

A necessidade de autorização tem como gênese a seguinte estratégia psicológica: 'de imediato nunca confie em si próprio, antes de qualquer coisa, confira suas ideias e pensamentos com os outros'.

O conjunto de conhecimentos e valores da nossa cultura tradicional é do tipo que reforça nos indivíduos uma postura interna de busca de aprovação como um padrão de comportamento normal. A autonomia e a independência não são estimuladas; ao contrário, é consolidado o convencional.

A autorreflexão ou a atitude de mantermos um constante intercâmbio com a 'voz da alma', nos daria suficiente liberdade, segurança e coragem para nos guiar por nós mesmos. É bom lembrar que nos podem forçar a 'ser escravos', mas não nos podem obrigar a 'ser livres'.

A mensagem do Poder Universal é sempre aquela que impulsiona o desenvolvimento de nossas potencialidades ou dons naturais. Despertar é saber que o único modo pelo qual podemos conhecer genuinamente qualquer coisa é examinando-a ou percebendo-a pessoalmente, isto é, usando as leis divinas que estão em nossa intimidade. 'Não se poderá dizer: Ei-lo aqui! Ei-lo ali!, pois eis que o Reino de Deus está no meio de vós'

Por isso, os Benfeitores Espirituais afirmam que: 'A sociedade poderia ser regida somente pelas leis naturais, sem o concurso das leis humanas (...) se os homens as compreendessem bem, e seriam suficientes se houvesse vontade de as praticar (...)'.

As instituições que estruturam a nossa sociedade estabelecem na maioria dos indivíduos um modo de pensar em que impera como norma a concordância ou uniformidade de opiniões, sentimentos, ideias, crenças e pensamentos, sendo que essa postura psicológica age de forma implícita e silenciosa e, quase inconsciente, no cerne das coletividades.

Quanto mais elogio, aplauso e bajulação nos são necessários, mais estaremos nas mãos alheias. Se porventura, um dia, dermos qualquer passo na direção da independência, da autoaprovação ou da coragem de decidir, esse caminhar não será bem visto por aqueles que nos controlam. Essas novas e saudáveis atitudes serão tachadas de egoístas, frias, desprezíveis, ingratas, num esforço para manter-nos na dependência de todos aqueles que, durante anos, nos conservavam sob o seu domínio e poder.

Quando deixamos os outros conduzirem nosso jeito de sentir. pensar e agir, damos-lhes o consentimento de nos usar ou manipular como e quando quiserem.

Nosso valor reside neles, e se eles se recusarem a nos dar sua apreciação positiva, nos sentiremos um 'nada', ou seja, emocional ou moralmente sem valor.

Estas palavras de Paulo constituem a síntese perfeita de um indivíduo que agia corajosamente perante a sociedade de sua época: '(...) falamos não para agradar aos homens, mas, sim, a Deus, que perscruta o nosso coração'"

Extraído do livro "Os prazeres da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova, ed. e dist. de livros espíritas, Catanduva, SP, 2003, p. 123/126.
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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

PERDÃO

"O julgamento precipitado pode vir a ser o 'fracasse da compreensão', porque perdoar é, acima de tudo, a habilidade de compreender dificuldades.

O autoperdão consiste em fazer o nosso melhor hoje, abandonar as mágoas do passado e curar as dores do presente e, ao mesmo tempo, legitimar nossos projetos de vida para o futuro.

O passado passou e o único momento que temos é o agora. Basta utilizarmos o perdão e, imediatamente, começaremos a sentir conforto e alívio, pois descarregamos os pesados fardos de culpa, vergonha e perfeccionismo.

Quando erramos, é necessário primeiramente admitir as nossas fraquezas e, em seguida, pedir aos outros que relevem nossas falhas. Somente a partir desse ponto, é que começamos a desfazer as técnicas defensivas e a facilitar a boa comunicação, evitando, assim, a morte do diálogo reconciliador.

O autoperdão é um estado da alma que emerge de nossa intimidade, fazendo-nos aceitar tudo que somos sem nenhum prejulgamento. É quando passamos a entender que nossos aparentes defeitos são, só e exclusivamente, potenciais a ser desenvolvidos. Por sinal, o julgamento precipitado pode vir a ser o 'fracasso da compreensão', porque perdoar é, acima de tudo, a habilidade de compreender dificuldades.

À medida que perdoamos nossos desacertos, começamos também a perdoar as faltas dos outros. Quanto mais compreendermos o outro, avaliando e validando o que ele pensava e como se sentia na hora da indelicadeza, mais facilmente aprenderemos a nos perdoar. O ato do não perdão a nós mesmos nos acarreta a permanência nas sensações desagradáveis e nas energias negativas -resquícios dos dissabores e desencontros da vida.

Perdoar-nos leva ao cultivo do amor a nós mesmos e, por consequência, aos outros; enfim, é a base que mantém a humanidade íntegra e solidária. O autoperdão nos conduz à aceitação plena de nossas potencialidades ainda não desenvolvidas - seja de natureza intelectual, seja de natureza psíquica e emocional - e a uma compreensão maior de que as experiências evolutivas nada mais são do que a soma de acertos e de erros do passado e do presente.

Os erros acabam-se transformando em lições preciosas e deles podemos retirar as bases seguras para o êxito no futuro.

'Deus não age jamais por capricho e tudo, no Universo, está regido por leis em que se revelam a sua sabedoria e a sua bondade'.

'A sabedoria e bondade de Deus' aqui descrita são uma constante nos atos e atitudes de Jesus de Nazaré. No episódio ocorrido na casa do fariseu Simão, uma prostituta atira-se aos pés do Mestre, cobrindo-os de beijos, lavando-os com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos e untando-os com um óleo perfumado. Ela é perdoada incondicionalmente: '(...) seus numerosos pecados lhe estão perdoados, porque ela demonstrou muito amor. Mas aquele a quem pouco foi perdoado mostra pouco amor'.

Deus estava com Jesus e Ele com o Pai, por isso amava, perdoava, estimulava e incentivava a todos sem qualquer distinção. A Bondade e a Sabedoria Providencial está e sempre esteve nos amando e perdoando, não importa o grau da escala evolutiva em que estamos situados ou o que estejamos fazendo. O amor da Misericórdia Divina é incondicional - não depende de nenhum tipo de restrição ou limitação. Ama, simplesmente por amar.

Uma introspecção a respeito desse amor incondicional que a Divindade tem para conosco é extremamente importante para o autoperdão.

Se Deus nos ama e nos aceita como somos hoje, por que haveríamos de tomar uma atitude contrária à postura divina? Entretanto, o autoperdão não significa paralisarmos nossas atividades evolutivas, acomodando-nos em nossas deficiências, fragilidades ou incapacidades, mas, sim, libertar-nos dos fardos pesados da autopunição que carregamos desnecessariamente.

O autoperdão nos traz paz de espírito, habilidade para amar e ser amados e possibilidades para dar e receber serenidade. Ele nos livra do cultivo de uma fixação neurótica em fatos do passado, o qual nos impede o crescimento no presente.

Perdoar-nos elimina a ideia fixa no remorso por algo que aconteceu ontem e a ansiedade do que poderá ser revelado ou vir a acontecer amanhã."

Texto extraído do livro "Os prazeres da alma', de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova, ed. e dist. de livros espíritas, Catanduva, SP, 2003, p. 175/177.
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